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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Bom dia!


Não há quem não feche os olhos ao cantar a música favorita.
Não há quem não feche os olhos ao beijar, não há quem não feche os olhos ao abraçar.
Fechamos os olhos para garantir a memória da memória.
É ali que a vida entra e perdura, naquela escuridão mínima, no avesso das pálpebras.
Concentramo-nos para segurar a dispersão, para segurar a barca ao calor do remo.
O rosto é uma estrutura perfeita do silêncio. Os cílios se mexem como pedais da memória.
Experimenta-se uma vez mais aquilo que não era possível.
Viver é boiar, recordar é nadar.

Fabrício Carpinejar
Imagem Google


Um comentário:

mollymell disse...

Que lindo texto Cláudia, eu não conhecia. Obrigada por compartilhá-lo.

Minha querida quero agradecer muito sua presença ontem no meu blog, e mais ainda pelo seu comentário. Fiquei muito contente com sua visita.
Muito obrigada pelo carinho :)